Redação

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (3) apontam um significativo aumento na população indígena residente no Brasil. De acordo com o "Censo Demográfico 2022: Quilombolas e Indígenas", o país registrou um total de 1.694.836 pessoas indígenas, representando um crescimento de aproximadamente 89% em relação a 2010, quando o número era de 896.917.

Esses números colocam a população indígena como correspondente a 0,83% do total da população brasileira, que alcançou 203.062.512 pessoas de acordo com o Censo Demográfico de 2022.

A distribuição da população indígena por região mostra que o Norte do país concentra a maior parte, com 44,48% (753.780 pessoas), seguido pelo Nordeste com 31,22% (529.128), Centro-Oeste com 11,81% (200.153), Sudeste com 7,28% (123.434) e Sul com 5,21% (88.341).

Surpreendentemente, a maioria dos indígenas reside fora de terras indígenas, totalizando 63,25% (1.071.992), enquanto 36,75% (622.844) vivem dentro dessas áreas.

Quando analisadas as concentrações regionais, destaca-se que as regiões Centro-Oeste, Sul e Norte possuem as maiores proporções de população indígena residente em terras indígenas. Três estados – Amazonas, Roraima e Mato Grosso do Sul – concentram quase metade dessa população, com destaque para o Amazonas, que conta com 149.080 indígenas em terras indígenas.

Entretanto, a região Sudeste apresenta o maior percentual de população indígena residente fora das terras indígenas, seguida pelo Nordeste e Norte.

Segundo o IBGE, esses dados são cruciais para entender melhor esses grupos tradicionais e orientar políticas públicas, como as relacionadas à educação, saúde e assistência social, visando garantir o bem-estar e a preservação da cultura indígena no Brasil.